sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Regicídio

No dia 1 de fevereiro de 1908, em Lisboa, dá-se um atentado contra a família real.


São mortos o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe e o rei D. Carlos.
Com a morte de D. Carlos e do príncipe herdeiro, Luís Filipe, foi aclamado rei D. Manuel II, que tinha apenas 18 anos.
O 31 de janeiro de 1891

Em 31 de janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a primeira revolta armada contra a monarquia. A guarda municipal, fiel à monarquia, venceu os revoltosos. O número de mortos foi grande.

O Ultimato Inglês

Em 11 de janeiro de 1890, a Grã-Bretanha enviou ao rei D. Carlos um Ultimato: ou os Portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal.
O Governo viu-se obrigado a aceitar o Ultimato, o que provocou manifestações de descontentamento. Em 14 de janeiro de 1890, o Partido Republicano Português organizou uma grande manifestação em Lisboa, acusando o rei D. Carlos e o Governo de terem traído os interesses dos Portugueses em África.
O Mapa Cor-de-Rosa

A Conferência de Berlim decidiu que os territórios africanos pertenceriam aos países que os ocupassem efetivamente.
Portugal exigia o seu direito em ocupar os territórios compreendidos entre Angola e Moçambique – mapa cor-de-rosa.

Os territórios pretendidos por Portugal estão pintados de cor-de-rosa.
 
A Revolução Republicana

Os antecedentes
Nos finais do século XIX, grande parte dos portugueses continuava a viver com muitas dificuldades.
Portugal atravessava uma crise económica:
- muitas empresa faliram e o desemprego aumentou,
- o governo devia muito dinheiro a países estrangeiros,
- os investimentos diminuíram, a moeda desvalorizou e aumentou a inflação,
- os impostos agravaram-se,
- a população mostrava o seu descontentamento através de greves e manifestações.

A monarquia era acusada de não se preocupar com os problemas e com os interesses do país e das colónias.
Face a este descontentamento, em 1876, formou-se o Partido Republicano Português, que propunha substituir a Monarquia pela República.
A questão do mapa cor-de-rosa e a cedência de Portugal ao Ultimato inglês contribuiu para aumentar o descontentamento de grande parte da população e aumentar os adeptos do regime republicano.
A questão do mapa cor-de-rosa consistiu numa disputa entre Portugal e a Inglaterra sobre os territórios situados entre Angola e Moçambique.
Devido a esta disputa, a Inglaterra apresentou a Portugal um ultimato que obrigava à cedência daqueles territórios.
Na sequência do ultimato inglês e das manifestações anti-monárquicas que se seguiram, aconteceu, no Porto, no dia 31 de janeiro de 1891, uma revolta contra o regime monárquico.
A revolta de 31 de janeiro foi a primeira tentativa, fracassada, de implantação da República em Portugal.
No dia 1 de fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro foram assassinados. Este acontecimento, conhecido como Regicídio contribuiu para a queda da monarquia e, consequentemente, para a implantação da República.
Na madrugada do dia 4 de outubro de 1910, os revolucionários republicanos saíram para a rua com o objetivo de derrubar a monarquia. Militares e civis concentraram-se em Lisboa, conseguindo, quase sem oposição, implantar a República.
A República foi proclamada dos Paços do Concelho (a Câmara Municipal) em Lisboa. A importância deste facto foi tal que se decidiu que essa data fosse um dia feriado nacional.