As vias de comunicação e os
meios de transporte
No início do século XIX, a falta de boas vias
de comunicação e meios de transporte constituía um obstáculo ao desenvolvimento
económico do país.
Não é possível desenvolver a agricultura, a
indústria ou o comércio se não houver vias de comunicação e meios de transporte
com condições adequadas.
Fontes Pereira de Melo, ministro de D. Maria II, tomou a iniciativa
de modernizar o país, mandando construir muitos quilómetros de estradas macadamizadas
(estradas construídas de acordo com uma nova técnica
introduzida por John MacAdam na Inglaterra) e linhas de caminho de ferro. O comboio
tornou-se rapidamente no mais importante meio de transporte da época.
Vantagens
da utilização do comboio:
- rapidez
- comodidade
- progresso nas atividades económicas
- circulação de pessoas e de ideias
- quantidade de produtos comercializados
- economia (mais barato)
Em 1856, no reinado de D. Pedro V, é
inaugurado o primeiro troço que ligava Lisboa ao Carregado.
Pelas estradas passam a circular a “diligência” ou “mala-posta” –
carruagem puxada por cavalos e que transportava pessoas, bagagens e correio. As
viagens passavam a ser feitas com mais rapidez, mais conforto e segurança.
A mala-posta
Para servir quer a “rede viária” quer a “rede
ferroviária” fizeram-se túneis, viadutos e pontes, quase todos em ferro, como é o caso da
ponte D. Maria Pia, no Porto, projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel.
Em 1877 foi
inaugurada a Ponte de D. Maria, no Porto.
A máquina a vapor foi também adaptada à
navegação – surgem os barcos a vapor.
Para tornar mais segura a navegação junto à
costa, construíram-se e melhoraram-se numerosos faróis, assim como se
melhoraram, ampliaram (porto de Lisboa) e construíram (porto de Leixões) alguns
portos.
Barco a vapor
Farol do Cabo de São
Vicente, no Algarve (1846). Foi dos
primeiros faróis construídos no Séc. XIX em Portugal.
Os primeiros automóveis começaram a circular
nas nossas estradas em 1895.
O primeiro automóvel a chegar a Portugal foi um veículo da marca
Panhard-Levassor tendo sido importado de Paris pelo 4º Conde de Avilez, em
1895.