Trabalhos dos alunos expostos na Biblioteca da escola.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Eis as respostas
ao Guião…
O 25 de
abril de 1974 e a consolidação
da Democracia
1 – Marcelo Caetano acabou por continuar a política de Salazar:
manteve a Guerra Colonial, a DGS (antiga PIDE) e a Censura.
2 – O Movimento das Forças Armadas surgiu porque os militares
estavam muito descontentes com a situação que se vivia em Portugal e com a não
resolução do problema colonial. Os objetivos eram derrubar o governo e terminar
com a guerra em África.
3 – Na madrugada de 25 de abril de 1974, o Movimento das
Forças Armadas empreendeu uma revolução e dominou os pontos mais importantes nas
principais cidades do país. Em Lisboa ocuparam os estúdios da RTP, as rádios e
cercaram o quartel do Carmo. O governo de Marcelo Caetano é derrubado e
forma-se a Junta de Salvação Nacional.
4 – Os populares apoiaram entusiasticamente os militares
manifestando a sua alegria.
5 – A Junta de Salvação Nacional.
6 – O presidente dessa Junta era o general António de
Spínola.
7 – As primeiras medidas tomadas pela Junta foram dissolver a
Assembleia Nacional, extinguir a DGS (a polícia política) e a Legião
Portuguesa, libertar os presos políticos, abolir a censura e dar início às
negociações para por um fim à Guerra Colonial.
8 – Descolonização é o ato de independência de uma ou mais
colónias relativamente aos países colonizadores.
9 – Os portugueses que residiam nas colónias tiveram que
abandonar rapidamente esses territórios e voltar (retornar) a Portugal. Em
Angola e Moçambique a situação foi pior porque logo após a independência
surgiram guerras civis.
10 – As colónias que se tornaram independentes foram Guiné,
Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola.
11 – Timor-Leste foi ocupada pela Indonésia em 1975.
12 – Timor tornou-se independente em 2002.
13 – Macau passou para a China a 19 de dezembro de 1999.
14 – A Assembleia Constituinte tinha como função elaborar e
aprovar uma nova Constituição que substituísse a do Estado Novo.
15 – Os principais princípios defendidos na Constituição eram
a separação de poderes, a diversidade de partidos políticos, a garantia dos
direitos e das liberdades fundamentais.
16 – O primeiro Presidente da República eleito foi o general
Ramalho Eanes.
17 – O Poder Central é composto pelo Presidente da República,
Assembleia da República, Governo e Tribunais.
18 – O Presidente da República tem como funções nomear e
demitir o primeiro-ministro; promulgar e mandar publicar as leis da Assembleia
da República e marcar a data das eleições.
19 – O Governo é responsável pela administração pública e
pela execução das leis (assegura o cumprimento das leis).
20 - A Assembleia da República tem como funções fazer as leis
e fiscalizar a atividade do Governo.
21 – Os órgãos do Poder nas Regiões Autónomas são a
Assembleia Regional e o Governo Regional.
22 – A Assembleia Regional tem como competências fazer as
leis de interesse específico de cada região.
23 – O Governo Regional tem como competências
conduzir toda a política executiva específica da Região Autónoma (ou seja,
exerce o poder executivo na região).
24 – A Constituição de 1976 permitiu uma maior autonomia às
autarquias locais.
25 – Os órgãos de Poder Local são a Assembleia Municipal, a
Câmara Municipal, a Assembleia de Freguesia e a Junta de Freguesia.
26 – As competências das Juntas de Freguesia são fazer
propostas à Assembleia de Freguesia, fazer a manutenção dos espaços da
freguesia (jardins, limpeza das ruas,…) e fazer propostas e pedidos à Câmara
Municipal das obras necessárias para a freguesia.
27 – As competências das Câmaras Municipais são fazer
propostas de melhoria das condições de vida da população à Assembleia Municipal;
pôr em prática tudo o que for aprovado pela Assembleia Municipal; construir e
tratar dos espaços da autarquia (escolas, bibliotecas, museus, estradas,
recolha de lixo, esgotos e abastecimento de água) e aprovar projetos para
habitação.
Bons estudos!
sexta-feira, 27 de março de 2015
Para Trabalho…
http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Portugal&ID=101
http://ensina.rtp.pt/artigo/o-25-de-abril/
http://media.rtp.pt/blogs/ashorasdecisivasdeabril/
http://ensina.rtp.pt/artigo/a-revolucao-de-25-de-abril-de-1974/
http://visao.sapo.pt/25-de-abril-o-dia-da-liberdade=f599251
http://www.cd25a.uc.pt/index.php?ite/page&view=itempage&p=1490
Para consultar fotografias:
Centro de Documentação 25 de Abril - Universidade de Coimbra
Aqui vão alguns links que podem
consultar:
http://ensina.rtp.pt/artigo/o-25-de-abril/
http://media.rtp.pt/blogs/ashorasdecisivasdeabril/
http://ensina.rtp.pt/artigo/a-revolucao-de-25-de-abril-de-1974/
http://visao.sapo.pt/25-de-abril-o-dia-da-liberdade=f599251
http://www.cd25a.uc.pt/index.php?ite/page&view=itempage&p=1490
Para consultar fotografias:
Centro de Documentação 25 de Abril - Universidade de Coimbra
A Guerra
Colonial
O descontentamento era grande.
Depois da Segunda Guerra Mundial as ditaduras europeias deram lugar a regimes
democráticos e tornavam independentes as suas antigas colónias. Portugal continuava
a sua política de autoritarismo e repressão e negava-se a dar a independência
às suas colónias.
Surgiram inúmeros movimentos
independentistas. Em Angola a luta armada contra o regime colonial iniciou-se
em 1961, na Guiné iniciou-se em 1963 e em Moçambique teve início em 1964.
Embarque de tropas para África.
Nas guerras coloniais morreram mais
de 8000 soldados portugueses, nos treze anos que durou a luta armada e, ficaram
feridos mais de 25 000. O Governo teve elevadas despesas com a guerra colonial.
O país estava cada vez mais revoltado
com a insistência do Governo em manter as colónias às custas de tantas lágrimas
e de tanto sangue.
As eleições
presidenciais de 1958
Foi nas eleições presidenciais de 1958 que o regime do Estado Novo se viu
mais ameaçado. O general Humberto Delgado
candidatou-se com o apoio da oposição contra o candidato apoiado pelo regime, o
almirante Américo Tomás.
Esta campanha revelou uma grande adesão popular à candidatura do general
Humberto Delgado.
Humberto Delgado na sua visita ao
Porto, em 14 de maio de 1958.
O general conhecido como o “general sem medo” era um defensor da ordem e da
disciplina e queria formar um governo democrático e moderno.
Apesar do apoio da oposição e da maioria da população, o general acabou por
perder as eleições, vencendo o almirante Américo Tomás. A oposição considerou
que houve fraude eleitoral.
O Presidente da República Américo
Tomás.
Humberto Delgado teve de pedir asilo político ao Brasil. Mais tarde seria
assassinado pela PIDE, próximo de Badajoz.
Depois destas eleições de 1958, Salazar alterou a lei eleitoral, e a partir
daí o Presidente da República passou a ser eleito por um colégio eleitoral e
não pelos cidadãos eleitores.
A oposição ao Estado Novo
Durante o regime do Estado Novo desenvolveram-se ações políticas de oposição a esse regime, através de greves, manifestações e da formação do Movimento de Unidade Democrática (MUD). Este Movimento tinha como objetivo participar nas eleições legislativas de 1945.
No entanto, durante a campanha eleitoral, a oposição ao Governo percebeu que não estava garantida a liberdade de voto e decidiu não participar nas eleições. Os candidatos da União Nacional acabaram por vencer.
Sessão do MUD no Teatro Taborda, em
Lisboa (1945).
Cartaz do MUD.
Em 1949, o general Norton de Matos
apresenta a sua candidatura à presidência da República contra o candidato do
Governo. Porém, como não asseguraram ao general que as eleições iriam ser
honestas, sendo fiscalizadas também pela Oposição, ele acabou por desistir da
candidatura.
Cartaz de candidatura de Norton de
Matos à Presidência da República.
Cartaz de apelo ao voto no General
Norton de Matos.
As restrições à liberdade
- a proibição da greve e do direito de associação;
- o encerramento de muitos sindicatos;
- a censura (não havia liberdade de expressão);
- a reorganização das forças armadas e da polícia.
A União Nacional era o único partido autorizado pelo Governo e foi
criado em 1930.
A Censura foi um dos meios mais repressivos do Estado Novo. Primeiro
foi criada a censura prévia à imprensa e, aos poucos, foi-se estendendo aos
outros meios de comunicação, tais como o teatro, o cinema, a rádio e a
televisão. Os livros também eram alvos de censura. Antes das publicações, tudo
tinha de ser aprovado pelos censores, que não deixavam passar qualquer tipo de
rebelião contra o regime e protegiam a moral e os bons costumes que Salazar
defendia.
Jornal com cortes da Censura. Assuntos políticos, religiosos e normas de conduta que
pudessem influenciar a população num sentido considerado perigoso, eram
cortados pelos censores.
Outro dos meios repressivos do
Estado Novo foi a polícia política,
que perseguia todo e qualquer opositor do regime.
A polícia
política, primeiro chamada PVDE (Polícia
de Vigilância e Defesa do Estado), passou depois a ser denominada a partir de
1945 de PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) e em 1969 de DGS
(Direcção-Geral de Segurança).
Eram constantes as
perseguições, as prisões, as torturas e até as mortes. Todos aqueles de quem se
suspeitava alguma manobra contra o regime eram afastados e condenados a maior
parte das vezes mesmo sem provas. Existiam prisões em Aljustrel, Caxias,
Peniche e em Cabo Verde, conhecido como campo de concentração do Tarrafal. Os
presos ficavam incomunicáveis e não tinham direito a visitas de família.
Campo do Tarrafal. Foi uma das prisões mais duras do regime e
funcionou de 1936 a 1956. De 1937 a 1945, não houve um só ano em que não
morresse, pelo menos, um prisioneiro.
Ao serviço do regime surgiram em 1936 duas
organizações:
- a Legião Portuguesa
(organização armada) que tinha como objetivo defender o regime
salazarista e combater o comunismo;
- a Mocidade Portuguesa (organização juvenil) que procurava desenvolver a devoção à Pátria, o respeito pela ordem, o
culto do chefe (Salazar) e o espírito militar (jovens com idades entre os 7 e
os 14 anos).
A Legião
Portuguesa.
Desfile da Mocidade Portuguesa.
Criança
pertencente à Mocidade Portuguesa.
Mocidade Portuguesa
feminina.
Uma das “Lições” do manual escolar
a promover o “culto do chefe”. Utilizavam-se os livros
“obrigatórios” no ensino, nos quais se defendiam os ideais salazaristas.
Em 1938, para
assinalar os dez anos de governo de Salazar, é editada uma série de sete
cartazes intitulada “A Lição de Salazar”, que foi distribuída por todas as escolas
primárias do país. Estes cartazes pretendiam impor valores por parte do Estado
Novo e destinavam-se a glorificar a obra feita até então pelo ditador. Durante
muitos anos, estes cartazes didáticos foram utilizados para
transmitir a superioridade de um Estado forte e autoritário sobre os regimes
democráticos/liberais.
Os cartazes faziam uma comparação entre a obra do regime salazarista e a 1ª
República, acentuando a importância do Estado Novo enquanto garante da ordem e
progresso do país.
Apesar de toda a propaganda e repressão que sobre eles era
exercida, muitos portugueses opuseram-se corajosamente ao regime, através de protestos
públicos.
A política de obras
públicas
Salazar conseguiu manter um bom equilíbrio financeiro e o facto de não
termos participado na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) também ajudou imenso,
pois não precisámos de fazer despesas com armamento ou com a defesa do
território. Durante este conflito mundial, Portugal vendeu produtos agrícolas e
volfrâmio para os países que estavam em guerra, recebendo lucros bastante
favoráveis.
Parte das receitas foram aplicadas na construção de obras públicas:- pontes, estradas, aeroportos, barragens hidroelétricas, portos;
- grandes edifícios públicos (Biblioteca Nacional / Palácio da Justiça);
- hospitais (Santa Maria), escolas (primárias, liceus, universidade).
Ponte 25 de abril, em Lisboa. Os trabalhos da sua construção
iniciaram-se em 1962 e a inauguração fez-se em 6 de agosto de 1966.
Barragem de Castelo de Bode, sobre o rio Zêzere. Esta barragem
foi a primeira grande realização de um plano de aproveitamento hidroelétrico. Foi
inaugurada em 1951 sendo utilizada para produção de eletricidade e para
abastecimento de água.
Hospital de Santa Maria pouco antes da sua inauguração a 27 de abril de 1953.
A partir de 1960 podemos referir que temos duas grandes consequências
derivadas das obras públicas: o aumento
da industrialização do País e o desenvolvimento do turismo.
Mas esta política das obras públicas não foi
suficiente para que Portugal recuperasse o seu atraso em relação aos outros
países. O desemprego e as más
condições de vida (principalmente no meio rural) conduziram os portugueses à emigração
para a França e para a Alemanha.
A Constituição
de 1933
Salazar enquanto
Presidente do Conselho promoveu a elaboração de uma nova Constituição.
Nesta
Constituição, aprovada por voto popular (plebiscito) ficaram estabelecidos 4
órgãos de soberania:
- Presidente
da República;
- Assembleia
Nacional (Parlamento);
- Tribunais;
- Governo (órgão
mais importante).
Cartaz de propaganda para o
plebiscito à Constituição de 1933. Este cartaz representa uma balança
que apresenta, no prato da esquerda, a instabilidade e a insegurança da 1ª
República e no prato da direita, as grandes vantagens do Estado Novo, como
apelo ao voto na nova Constituição.
Esta
Constituição acabou com a Ditadura Militar, mas Salazar iniciou uma nova
ditadura (de 1933 a 1974), que
designou de Estado Novo, sendo todas
as liberdades reprimidas. Salazar com
este novo nome (Estado Novo) pretendia mostrar que a
organização do Estado seria diferente da que existira durante a 1ª República.
Ele passa a
ser o único chefe da Nação.
A
Constituição de 1933 continuava a reconhecer os direitos e liberdades dos
cidadãos, mas esses direitos e liberdades devem submeter-se aos interesses do
Estado, por isso, as liberdades dos cidadãos acabavam por não ser respeitadas.
Os principais valores do Estado
Novo eram: "Deus, Pátria e Família". Desenvolveu-se também os
sentimentos de nacionalismo e de colonialismo.
A queda da 1ª
República
O golpe militar de 28
de Maio
Durante a 1ª República (entre 1910 e 1926) Portugal viveu um período de
grande instabilidade política e de dificuldades económicas. Estes fatores
criaram um clima próprio para uma conspiração.
Em 28
de maio de 1926, as tropas comandadas pelo general Gomes da Costa saíram de Braga, marcharam sobre Lisboa a 6
de junho e derrubaram o Governo.
Acampamento de tropas que participaram no
levantamento de 28 de maio
Os militares substituíram a 1ª República
por uma Ditadura Militar e o poder
passou a ser assumido por militares que dissolverem o Parlamento, suspenderem
as liberdades individuais, previstas na Constituição (1911), estabeleceram a
censura para a imprensa, proibiram os partidos políticos, as greves e as
manifestações.
Perante isto, o Presidente Bernardino
Machado, renuncia ao cargo na presidência da República e o governo foi entregue
ao oficial da Marinha, José Mendes Cabeçadas, que mais tarde também viria a
demitir-se.
O general Óscar Carmona tornou-se
Presidente da República em 1928 e nesse mesmo ano, convidou para Ministro das
Finanças, António de Oliveira Salazar, que conseguiu um equilíbrio financeiro
através do aumento dos impostos e da diminuição das despesas com a saúde,
educação e a assistência social. Por essa razão, a sua influência política
cresceu muito e foi considerado o “Salvador da Pátria”.
Em 1932, devido ao seu enorme prestígio, Salazar
foi nomeado Chefe do Governo (Presidente do Conselho de Ministros) e a partir
desse ano passou a controlar o governo do país e a tomar todas as decisões
importantes.
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